terça-feira, 7 de junho de 2016

"O Estranho Ano de Vanessa M." Filipa Fonseca Silva


Título: O Estranho Ano de Vanessa M.
Autora: Filipa Fonseca Silva
Editora: Bertrand

Este livro foi uma das minhas aquisições na Feira do Livro de Lisboa deste ano, tendo mesmo conseguido um autógrafo da autora. Já aqui falei do seu outro livro, "Os 30 - A Vida Nunca É Como Sonhámos", que a tornou a primeira autora portuguesa a fazer parte do top 100 mundial da Amazon e que me deixou com imensa curiosidade para ler mais de Filipa Fonseca Silva. 

À primeira vista Vanessa tem uma vida normal, até com muita sorte: tem um marido apaixonado, uma filha adorável, um emprego estável, uma melhor amiga dedicada. Porém ela não está feliz com essa vida, porque sempre viveu em função do que os outros queriam e que esperavam que ela fizesse. Não queria casar nem ser mãe tão cedo, não se sente com talento para a maternidade, sofre com as intransigências da sua mãe e não tem coragem para dizer que a amizade  que a faladora e arrivista Diana tem por ela não é recíproca. Além disso, o ambiente do seu trabalho é péssimo, do chefe incompetente e déspota à colega pidesco-queixinhas. Tudo isto leva a que no início do ano, após um dia cheio de situações difíceis, Vanessa cometa um erro que a leva a ser condenada em tribunal a quarenta sessões de terapia. Mas ao fim de três meses, ela acredita que não só continua com os mesmos problemas como o psicólogo não lhe está a ajudar em nada. Por isso, resolve num momento de impulso deixar tudo e passar o fim de semana a casa da sua tia hippie. Esse será a primeira de muitas decisões que vão virar a vida de Vanessa ao avesso, mas que lhe dará a oportunidade de pela primeira vez, ser ela a tomar as rédeas da sua vida. Por entre avanços e recuos, situações tristes e caricatas, revelações e mal-entendidos, além da descoberta de um antigo segredo de família, vamos acompanhando este louco ano de Vanessa.

O melhor que posso dizer do livro é que comecei a lê-lo na viagem de regresso da Feira e não descansei enquanto não o acabei. Mais uma vez adorei a escrita fluída e cativante da autora e o humor que já tinha apreciado tanto em "Os 30". As situações tristes e cómicas vão-se alternando de forma equilibrada e ajudam a criar empatia com a protagonista, ao mesmo tempo que nos faz pensar sobre assuntos como as relações familiares, as imposições da sociedade, os sonhos perdidos ao longo da vida e outros que se podem encontrar.   

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